Sarampo é uma infecção viral altamente contagiosa que pode ser contraída por pessoas de qualquer idade, sendo mais comum na infância. O vírus da família Morbillivirus consegue crescer e se multiplicar nas mucosas do nariz e da garganta de um adulto ou criança infectada. Dessa forma, é facilmente transmitido em pequenas gotículas liberadas ao tossir, falar ou espirrar.
Nas superfícies, o vírus pode ficar ativo até durante 2 horas, sendo necessário desinfectar bem todas as superfícies dos cômodos onde esteve alguém com sarampo.
Não há causa específica para a doença e o vírus pode circular entre as pessoas que ainda não foram vacinadas.
Transmissão
A transmissão da doença se dá pelo ar, pois ocorre através das secreções das mucosas (nariz e boca).
O período de incubação dura em média 10 dias, mas pode variar de 7 a 18 dias. Esta é a média de tempo desde a data da exposição ao vírus até o aparecimento dos sintomas.
Ficar em locais fechados junto com uma pessoa doente facilita a transmissão do vírus do sarampo.
Sintomas iniciais
- Febre
- Tosse persistente
- Conjuntivite
- Coriza
- Fotofobia
- Perda do apetite
Do 2° ao 4° dia, os sintomas iniciais se agravam e surgem manchas vermelhas, primeiro no rosto e atrás das orelhas, e, em seguida, espalham pelo corpo, mas não coçam. As manchas geralmente progridem em direção aos pés, com duração mínima de três dias.
Quem reconhece os sintomas do sarampo precisa se consultar com um médico. Se a doença for confirmada, deve evitar o contato com pessoas não infectadas.
Diagnóstico
O diagnóstico é baseado no exame clínico, ou seja, confirmado pelo próprio médico. Porém, pode ser diagnosticado com exames laboratoriais específicos como IgM para Sarampo ou PCR (reação da cadeia de polimerase) para identificar o vírus.
Tratamento
Não existe tratamento específico para o sarampo, apenas para os sintomas que devem ser amenizados com hidratação, alimentação saudável, suplementação de vitamina A e medicamentos para febre, náuseas e vômitos.
Além disso, o doente deve ficar de repouso por todo o período de infecção, pelo menos até quatro dias após o aparecimento das manchas, que é quando a transmissão pode ocorrer de maneira mais fácil.
Complicações
Normalmente pacientes com sarampo se recuperam completamente, sem qualquer tipo de sequela, alcançando a cura em cerca de 10 dias após o início dos sintomas.
No entanto, a doença pode ser grave, com acometimento do sistema nervoso central e pode complicar com infecções secundárias, podendo levar à morte.
Para os desnutridos, os recém-nascidos, as gestantes e as pessoas portadoras de imunodeficiências, podem surgir algumas complicações como:
- Obstrução das vias respiratórias;
- Pneumonia;
- Encefalite;
- Infecção do ouvido;
- Cegueira;
- Diarreia grave que leva à desidratação.
Além disso, caso o sarampo surja na grávida também existe um elevado risco de sofrer um parto prematuro ou ter um aborto espontâneo.
O médico pode indicar o uso de antibióticos quando existem evidências de infecção bacteriana, infecção de ouvido ou pneumonia.
Prevenção
A vacinação é a única forma eficaz de prevenção contra o sarampo e faz parte do Calendário Nacional de Vacinação.
A primeira imunização ocorre aos 12 meses (tríplice viral: sarampo, rubéola e caxumba) e outra dose aos 15 meses de idade (tetraviral: sarampo, rubéola, caxumba e catapora).
Para as crianças de 5 anos a 9 anos de idade que perderam a oportunidade de se vacinar anteriormente: duas doses da vacina tríplice viral.
As duas doses são recomendadas para garantir a imunidade e evitar surtos, já que aproximadamente 15% das crianças vacinadas apenas com a primeira dose não desenvolvem imunidade.
Para os adolescentes e adultos de 10 a 29 anos: duas doses da vacina tríplice com intervalo de 30 dias.
Para os adultos de 30 a 49 anos: uma dose da vacina tríplice viral.
Não devem tomar a vacina:
- Casos suspeitos de sarampo
- Imunocomprometidos
- Menores de 6 meses de idade
- Gestantes – devem ser vacinadas após o parto ou um mês antes da gravidez.